Diário de Viagem: Pompeia, Itália – Um dos lugares mais impressionantes do mundo

Finalmente chegou o dia de falar sobre um dos passeios que eu mais gostei de fazer na Europa, daqueles que impressionam de verdade. Esse passeio foi na cidade de Pompeia, Itália. Nesse mesmo dia, fomos para Pompeia, Nápoles e Capri, mas neste post vou falar apenas de Pompeia para não ficar muito extenso (não consegui colocar poucas fotos!). Semana que vem conto como foi o resto do dia.

Pompeia – Itália

Para quem não sabe, vou explicar um pouquinho da história. Pompeia era uma cidade do Império Romano, fundada mais ou menos no século VI, e destruída pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C. A erupção fez com que toneladas de cinzas e lama cobrissem toda a cidade, o que acabou preservando-a por 1600 anos, até ser reencontrada. Isso significa que a cidade está “intacta”, sendo possível passear pelas ruas, casas, ver objetos e até os corpos dos moradores da cidade no exato momento em que foram atingidos pelos gases tóxicos.

O dia começou bem cedo, pois saímos de Roma de ônibus e chegamos em Pompeia ainda para tomar café. São mais ou menos 3 horas de viagem. No ônibus, nossa guia já começou a falar um pouco da história de Pompeia e do Vesúvio, ressaltando que ele é um vulcão ativo, podendo entrar em erupção a qualquer momento. Até explicou mais ou menos como funciona (ou deveria) o sistema de evacuação da região no caso de o vulcão decidir dar sinal de vida. Nem preciso falar que já fiquei com um pouco de medo, hahaha. É que a área ao redor do Vesúvio é habitada por 3 milhões de pessoas! E ela ainda disse que os napolenos não são muito de respeitar regras, e eu já fantasiei na minha cabeça aquelas cenas de filmes em que todo mundo decide pegar o carro ao mesmo tempo, sem respeitar ninguém, para fugir de uma catástrofe e o trânsito não anda. Mas tudo bem. Decidi acreditar que nada iria acontecer justamente no único dia em que eu estava por perto.

Depois do café, entramos na cidade com um guia de lá, que foi nos levando até alguns dos lugares mais famosos e mostrando os detalhes das ruas. Gente, é muito legal. Está quase tudo ali, preservado, até pinturas, marcas de mãos nas pedras, marcas de rodas nas ruas. Tem até pães que acharam no forno da padaria! Pães de 20 séculos de idade.

Ao mesmo tempo que nos dá uma grande sensação de pena dos moradores, que morreram sem ao menos saber o que era um vulcão, muito menos como se proteger dele, também nos dá uma sensação mais positiva de poder ver e entender como funcionavam as cidades antigas, como pensavam as pessoas, como eles se viravam com a falta de tecnologia, enfim, como viviam. As fotos falam melhor, então se preparem para muitas:

 

O mais impressionante são os corpos. Eles preservam as mesmas características da hora em que as pessoas morreram, até as expressões! Dá pra ver que alguns morreram se protegendo do teto que estava caindo. Outros tentavam proteger o rosto contra os gases tóxicos. Outros tentavam se levantar. Eu achei que ficaria bem sensível ao ver os corpos, mas não, foi tranquilo. Tem crianças, grávida, e até cachorro. Alguns dos corpos:

 

Eu devo dizer que, antes de sair do Brasil, já estava bastante ansiosa por esse passeio. Eu tive que convencer meus pais a irem, porque eles preferiam passar mais um dia em Roma, mas eles cederam à minha vontade (êêê!), e não se arrependeram. Mesmo já sabendo mais ou menos o que ia encontrar, fiquei muito feliz de estar lá e muito surpresa com tudo o que vi com meus próprios olhos. Superou minhas expectativas. É um passeio que recomendo altamente, imperdível. Mesmo se você não ama história, como eu, vai gostar.

Também recomendo muitíssimo que você assista a algum documentário sobre a cidade e a catástrofe, são todos bem interessantes e informativos. Vale muito a pena. No youtube tem vários, como esse, e vários em espanhol e inglês se você quiser.